Já para fora!
Terror de sua região, Palio está terminantemente proibido de participar dos campeonatos de Juiz de Fora.
Tudo começou onde, quase sempre, começam as histórias desses carros estranhos que andam por aí: do nada. Eduardo Luiz Mendes Ribeiro, de 36 anos, tinha um Palio, mulher, filhos e uma vida confortável. E foi tudo isso que uma revista especializada, em destaque nas bancas, quase tira do designer gráfico, que resolveu parar em uma oficina apenas para “mudar os pára-choques”. Deu no que deu. “O que era cinza, depois, virou amarelo. Aí foi”, conta.
O gosto foi tanto que, depois de algum tempo, Eduardo e sua máquina estão proibidos de se inscrever em qualquer campeonato da região de Juiz de Fora (MG), onde mora. A culpa é das seis últimas etapas, nas quais Eduardo centralizou as atenções. “Levei tudo para casa”, brinca. Um pouco mais de R$ 50 mil depois, a moral da história, pelo menos na versão de Eduardo, é uma só. “Em vez de me acompanhar, eles preferem se distanciar do meu carro”, ri.
A parte de funilaria e pintura, feita na Eldocar Tuning, começou mesmo com os pára-choques traseiros e dianteiros, que acompanham spoilers exclusivamente desenhados para o carro. Faróis com lente lisa e foco duplo, com strobo, acompanham um capô todo cheio de personalidade, que conta com entradas de ar. O esguicho do limpador de pára-brisa e emblema da marca também foram retirados. “Para quem não queria fazer nada, comecei bem, não é?”, conta Eduardo.
Como o projeto ainda não era bom o bastante para ser barrado dos campeonatos depois de uma série invicta, as maçanetas foram removidas junto com o canhão de chave. Um kit lambo door, que veio junto a uma antena tubarão, anda por aí fazendo companhia aos retrovisores M3, com pisca.
Sem dó nem piedade, o canhão da chave do porta-malas e o limpador do vidro traseiro foram removidos. Um teto solar, elétrico, claro, também faz parte do time de acessórios do Palio amarelo. Sem esquecer da pinça de freio Brembo, as rodas escolhidas foram as da TSW Pace, de 17’’. Os pneus Yokohama, 225/35 R-17, dão o último toque. O último? “Vai saber Deus quando eu vou parar de mexer nesse carro”, diz Eduardo.